sexta-feira, 30 de julho de 2010

PRÁTICA ESPÍRITA


O Estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.


Toda a prática espírita é gratuida, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebeste".


A prática espírita é realizada sem nenhum culto esterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade.


O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, hor´socopos, cartomancia, pirâmides, búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.


O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-los, a submeter os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adote.


Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.


O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é aquele que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".


*

"Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei".


"Fé inabalável só é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".

terça-feira, 27 de julho de 2010

A FORÇA DOS NOSSOS PÉS




Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão, dentro de mim, que poderia caminhar por ti.

Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranqüilos e seguros.
Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais se cansaria da caminhada, nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar.

Isso seria eternamente minha responsabilidade....

E foi assim durante um bom tempo, caminhei por ti, para ti.

De repente, o tempo veio me avisar bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.

Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus, daí quando eu menos esperava eles escorregaram e alcançaram o solo.

Hoje sou obrigada a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só raríssimas vezes consigo. Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus e em certos momentos teus passos são tão largos que quase não posso acompanhá-los.

As vezes, assisto aos teus tropeços sempre pronta para levantar-te das tuas quedas.

Por vezes, tu me estendes as tuas mãos em busca de socorro, outras, mesmo estando estirado ao chão e ferido, insistes em levantar-te sozinho por puro orgulho ou para me provar que já és capaz de erguer-te após teus tombos e curar-te de tuas próprias feridas.

Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para conduzi-lo, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés, do que sobre meu coração.

No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia. Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisaste mesmo desbravar teus caminhos independente de mim, afinal não tarda muito, serei eu que precisarei de teus pés sob os meus e tu só terás forças para me conduzir porque te permiti caminhar por um bom período sozinho, aprendendo assim a difícil tarefa de viver.

Que tu tenhas a resistência necessária para suportar meu peso sobre teus pés como eu tive para suportar os teus.

É bem verdade que farás isso por um tempo inferior ao que eu fiz, mas como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.

Não, claro que não é uma tarefa fácil, mas se eu consegui, tu também conseguirás porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso, o amor!
Recebi este texto da minha amiga Neuza e resolvi dividir com meus filhos e minhas amigas mães!
Tenho certeza que cada mãe já viveu ou viverá experiência parecida.
E é muito bom saber que em algum lugar, em algum tempo, alguém já viveu fato semelhante.
Obs.: Não sei quem é o autor.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

ESOPO E A LÍNGUA

Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia.
Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:
- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho.
Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo.
- A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir.
- Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.
- Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.
- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.
Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha?
- Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios.
- Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido.
- Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social.
- Acaso podeis refutar o que digo? Indagou Esopo.
Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.
Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antigüidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.

O CARÁTER E A INTELIGÊNCIA

O caráter e a inteligência podem impressionar as pessoas, mas é o amor que damos a alguém, que nos fazem brilhantes, e inesquecíveis em sua vida.
Porque o amor torna as pessoas indispensáveis.
Assim, se você quiser acender um sorriso, iluminar um coração ou acordar a esperança em alguém precisa se lembrar de uma coisa: as pessoas se alegram com a sua inteligência, apreciam o seu caráter, mas precisam mesmo é do seu amor!
Maravilhas nunca faltaram ao mundo...o que sempre falta é a capacidade de senti-las e de admirá-las.

(Mario Quintana)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O BAILADO DAS NOTAS

As notas são sete e todos as conhecemos. Mas a combinação delas é infinita e surpreendente! Com essas sete notas podemos compor uma música ritmada, barulhenta, uma sinfonia harmoniosa, uma música New Age transcendental e nesta criação, houve uma escolha. Alguém usou seu livre-arbítrio para criar o que seu sentimento ditou. Tenho percebido isto ouvindo meus CDs e compreendido como é lindo o bailado das notas que se combinam em harmonias infinitamente diversas. Quão belo pode ser o resultado...Assim é tudo que nos cerca. Em essência somos partículas luminosas de Deus, compondo uma sinfonia complexa, aparentemente difícil de ser compreendida, mas que no fundo é simples. Partículas que se combinam, manifestando realidades diversas, aparentemente completamente diferentes umas das outras, mas iguais, quando as analisamos em profundidade.O que nunca podemos esquecer é que sempre temos a possibilidade de escolher como vamos nos expressar. Se de forma harmoniosa, serena, se de maneira mais marcada, mais forte, mais cheia de acordes fortes e ritmos eletrizantes. Tudo acaba sendo vida e cabe na grande sinfonia.Quando a imagem das notas me veio à consciência, a música ganhou para mim uma beleza nova, uma importância maior. De onde vem a capacidade que um ser humano tem de agrupar sete notinhas de forma tão admirável? E o que surge é tão belo, tão tocante, muitas vezes tão inspirador, tão calmante, tão transformador. De outras, pode surgir um som tão comovente, que nos arranca lágrimas, pois mexe com nossa emoção guardada e até ignorada... Pode ser alucinante, excitante, deixando-nos em contato com os instintos mais primários existentes em nós.Assim também são os nossos pensamentos... Nossas atitudes, nossos sentimentos. Vão se manifestando, de alguma maneira, atingindo o ambiente em torno de nós, aumentando as sombras, ou iluminando a escuridão.Dizem que a Terra tem sua música própria e penso que cada um de nós deve ter a sua, também, embora não tenhamos a condição, ainda, de ouvi-la. Temos cor, isto já está provado pela própria ciência e logo, também somos som.Sentindo-nos parte da Sinfonia Cósmica, influindo nela, penso que nos damos o valor merecido, como expressão de Deus.A música é a arte maior, pois ela não tem fronteiras. As sete notinhas combinadas serão sentidas por todos. Independente da cor, da geografia, da cultura, da evolução. Talvez os sons que ouvimos retratem de forma mais palpável a música que existe e à qual não temos acesso e da qual fazemos parte.É muito bom ouvir prestando atenção ao movimento dos sons, da mesma forma que é muito importante viver, observando cuidadosamente tudo que nos acontece, sabendo que nos traz algo imprescindível, naquele momento.Dizem que existe música no silêncio. Deve existir, realmente, pois o som e a cor são vibrações inerentes ao viver e preenchem tudo. Mesmo o que dizemos ser "nada", existe!Envoltos em que sons queremos viver?
Por Maria Cristina - tina.lc@hotmail.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

PRESENTE PERFEITO

Respirar no presente perfeito, cantar no coro das esferas, dançar na ciranda do mundo, rir o eterno riso de Deus, é o que nos cabe como parte da felicidade. (...) Essa música infinita, essa eternidade de sons plenos e de brilho dourado é o presente perfeito, que não conhece tempo e história, antes e depois. (Hermann Hesse)

sábado, 3 de julho de 2010

VINTE MODOS

Modos com que nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo:

Esquecer a reforma íntima.

Desprezar os deveres profissionais.
Ausentar-se das obras de caridade.
Negar-se ao estudo.
Faltar aos compromissos sem justo motivo.
Rogar privilégios.
Escapar deliberadamente dos sofredores para não prestar-lhes pequeninos serviços.
Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas sociais.
Especular com a Doutrina em matéria política.
Sacrificar a família aos trabalhos da fé.
Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma, isolando-se na preguiça.
Afligir-se pela conquista de aplausos.
Julgar-se indispensável.
Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas.
Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tenham sutilmente ensombrar a área do esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.
Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso.
Guardar melindres.
Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com os dirigentes das instituições doutrinárias.
Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espírita.
Largar aos outros responsabilidade que nos competem.


Pelo Espírito André Luiz - Do livro: Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

SOBRE MÚSICA

"A música é capaz de reproduzir
em sua forma real,
a dor que dilacera a alma
e o sorriso que inebria."

(Beethoven)